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Urbanismo e Paisagismo - Parques Naturais (Vitória-ES)
Entre os anos de 2018 e 2019, parques urbanos e naturais da cidade de Vitoria passaram por projetos de reforma de suas estruturas físicas que desenvolvemos em parceria com a Avantec Engenharia. abaixo, alguns exemplos de projetos de reforma de Parques Urbanos da capital do Espírito Santo.
Fonte: PMV, 2021
Parque Natural Estadual da Fonte Grande, Vitória-ES. Ano de 2019.
Situado no Maciço Central da Ilha de Vitória, o Parque Estadual da Fonte Grande, ao longo de seus 2.180.000 metros quadrados (217,58 hectares), possui uma rica fauna onde podem ser observados répteis, invertebrados, pequenos mamíferos e aves. Em suas encostas, estão localizadas várias fontes e bicas, com destaque para São Benedito, Cazuza e Morcego. O local também possui um Centro de Educação Ambiental (CEA). O relevo é acidentado e inclui vales e pontões. O ponto culminante atinge quase 309 m. Com localização e paisagens privilegiadas, a região tem mirantes naturais, que proporcionam espetaculares e múltiplas visões de Vitória e de seu entorno.
DEMANDAS OBSERVADAS:
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Inserção de portões e cancelas eletrônicas para acesso ao Parque;
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Implantação de um novo Complexo para Visitantes (com auditórios, salas de exposição, salas de educação ambiental, copas, banheiros) que atenda às necessidades dos usuários;
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Adequações e correções nas vias e trilhas pertencentes ao parque com implementação de calçadas para pedestres e vias para ciclistas:
Os caminhos e trilhas oficiais do parque, como a Tião de Sá e o Caminho de Fradinhos e ainda o acesso a área do Ganda, receberão tratamento de novas pavimentações para facilitar a acessibilidade, mesmo que não se consiga no todo, atender a norma NBR 9050:2015.
Os pisos em paralelepípedos em pedra serão trocados por intertravados que suportem melhor caminhadas e veículos motorizados (carros, motos, triciclos, ônibus, caminhões etc).
Trilhas menores, como por exemplo, a de acesso ao mirante do Sumaré, próxima à sede atual do parque, poderá ser tratada de forma diferenciada, pela sua pequena extensão, com um piso monolítico, aos moldes do especificado nesse relatório para outros parques. Além disso, as escadas feitas de forma rústica, sem padronização de piso e espelho, como a existente no acesso ao mirante do Sumaré (Figura 5), pelo de uso e desgaste deverão ser reconstruídas em concreto armado e piso antiderrapante, com corrimãos e, quando necessário, pelo desnível existente, guarda-corpos.
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Reforma e melhorias nas estruturas existentes, como mirantes, pergolados e coberturas:
Propõem-se aqui, uma mudança nas estruturas físicas do parque, de forma a modernizá-las, melhorando o conforto, atendimento e acolhimento dos visitantes e pesquisadores.
Sede administrativa e Centro de Educação Ambiental:
Propõem-se a reconstrução da sede administrativa do parque, em conjunto com prédio de educação ambiental no mesmo lugar da atual sede, por conta de sua facilidade e infraestrutura de acesso e chegada de visitantes e pesquisadores. Para tanto, serão aproveitados os desníveis da região, transformados em platôs interligados por rampas e escadas para a implantação de um auditório para 50 lugares, salas de técnicos, dormitório e depósitos, lanchonete e sede administrativa. Os platôs criados receberão pavimentação em deck e piso monolítico, sendo que os cortes e aterros necessários, como pelo menos um metro de altura, serão contidos como muros de arrimo em pedra e concreto. O desenho escalonado que acompanha as cotas das curvas, confere ao conjunto uma diversidade de edificações que marcarão cada lugar de implantação. As rampas laterais aos muros de contenção farão a travessia acessível de um platô ao outro, junto com as escadas paralelas a via.
ÁREA DO GANDA:
A SEMMAM havia solicitado a inserção do centro de educação ambiental na área do Ganda, área de antiga propriedade particular anexada ao parque, com uma belíssima paisagem natural do vale que se forma logo abaixo de uma rocha existente, onde se pretende implanta o CEA. Optamos em preservar esse lugar, por conta dessa bela paisagem natural e, ao invés de construir uma edificação que possa interferir nessa paisagem, propomos a construção de um deck para aulas de educação ambiental ao ar livre, paradas de descanso das caminhadas, apreciação da paisagem, conversas, falas... Entendemos que esse lugar especial do parque deva ser preservado como está, com no máximo com a construção de um deck em concreto armado sobre a rocha e piso em deck de madeira tratada, de forma a ser uma estrutura mais durável e de pouca manutenção.
MIRANTE DO SUMARÉ:
O mirante do Sumaré, em especial, pela sua ampla visão de boa parte da região Grande Vitória, é um dos lugares singulares do parque e, por tabela, de toda essa região. Sua visão privilegiada de Vitória, Vila-Velha e Cariacica se contrapondo aos elementos naturais do seu contexto, o tornam um dos maiores atrativos turísticos do parque. Seu deck em aço e pilares em concreto armado e piso em madeira, já apresentam de forma acentuada a força do tempo.
Por conta disso, propõem-se a reconstrução desse mirante, com uma nova estrutura em concreto armado integrada à rocha de sua base, com piso em madeira tratada e uma rampa de acesso ao mesmo, diferente da escada existente hoje.
Parque Natural Municipal da Pedra dos Olhos, Vitória-ES. Ano de 2019.
O Parque Natural Municipal Pedra dos Olhos (Figura 88) foi criado através do Decreto Municipal Nº 11.824 de 22 de dezembro de 2003. Está situado entre os bairros de Tabuazeiro e Fradinhos, na porção insular do Município de Vitória, abrangendo uma área total de 27,96 ha, a qual 97,5% se encontra inserida em Tabuazeiro e 2,5% inserida em Fradinhos. Seu acesso se dá pelo bairro Tabuazeiro, através da Av. Cel. José Martins de Figueiredo. O parque tem como destaque a “Pedra dos Olhos”, um bloco granítico compacto com formação geológica denominada pão de açúcar, e é um dos pontos culminantes da ilha de Vitória. A face norte apresenta dois enormes orifícios, com diâmetros diferentes, configurando grutas perfuradas na rocha por processos geomorfológicos. Apesar de compor o nome do parque, a Pedra dos Olhos está inserida em área do Parque da Fonte Grande. Sua posição geográfica, favorece uma visão panorâmica da Baía de Vitória, através do monumento natural da Pedra dos Olhos e confere espaço privilegiado para a promoção do ecoturismo, devido ao potencial para a implantação de trilhas de níveis variados de dificuldade.
DEMANDAS OBSERVADAS
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Inserção de um pórtico de entrada com portão e cancela para o controle de acesso e implantação de guarita de acesso ao parque:
O novo parque receberá pórticos com guaritas em suas duas entradas: a da entrada pela ac. Cel. Jose Martins Figueiredo e pela rua Joaquim Pereira da Silva . Em ambas as entradas as guaritas estão integradas nos prédios de apoio projetados.
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Construção do Centro de Informações e Vigilância (com recepção, sala de administração, banheiros, copa, depósitos) que atenda como base de fiscalização e atendimento aos usuários/ Demarcação de vagas de estacionamento de serviço:
Na entrada da rua Joaquim Pereira da Silvara, que termina em um cul-d’-sac, uma outra edificação, menor, será implantada. Em escala menor, um outro prédio curvo coberto por uma laje-jardim sob pilotis (e também elevado do solo, para a retirada da umidade pela ventilação natural), estão uma guarita com copa e área de recepção e um outro prédio com depósitos, banheiros e vestiários de funcionários ocupam o pequeno espaço semicircular, coberto e sobre pilotis.
Um outro deck (Deck dos Olhos) coberto por pergolado abre vistas para o entorno, em especial, para a pedra dos olhos, imponente logo acima dessa área. O atual acesso a esta área pela rua Joaquim Pereira da Silva é uma precária escada. Essa será substituída por uma nova escadaria com um desenho que acompanhe a rocha vizinha a ela. Haverá a necessidade da implantação de uma plataforma elevatória para deficientes nessa área, já que os muros de contenção e os desníveis existentes impedem a criação de rampas de acesso. A edificação, como a primeira também possui um pátio externo e a mesma orientação norte, e por isso, foi repetido no piso do pátio o desenho de outra rosa-dos-ventos.
Os prédios foram pensados com áreas complementares de jardins e espaços vazios sob a laje, como medida futura para ampliações das instalações da sede. Dessa forma, a estrutura já contempla espaços para ampliações e readequações de suas edificações.
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Cercamento em áreas de grande vulnerabilidade e Inserção de Marco Físico:
Aqui, repete-se o já proposto em outros parques: as áreas identificadas pela Secretária de Meio Ambiente com grande vulnerabilidade ambiental receberão tratamento especial quanto ao seu cercamento, e para tanto, propõem-se o uso de cercas metálicas eletro soldadas como as apresentadas em exemplos anteriores. Os marcos físicos serão também implantados de acordo com a orientação da Secretaria, nas coordenadas por ela estipuladas.