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Urbanismo e Paisagismo - Parques (Vila-Velha-ES)

Projetos de parques urbanos e naturais da cidade de Vila-Velha (ES) desenvolvidos no ano de 2020. As imagens abaixo fazem parte das apresentações públicas dos projetos desenvolvidos para os parques.  

Monumento Natural Morro do Penedo.

  O Monumento Natural do Morro do Penedo faz parte de uma cadeia de formações montanhosas às margens da baía de Vitória. Fazem parte deste conjunto, o Morro do Moreno, o Morro da Penha, o Morro Jaburuna, o Morro da Manteigueira e o Morro do Penedo. Essa unidade de conservação está localizada na Foz do Rio Aribiri e possui área de 19 hectares. Sua formação geológica é granítica e gnáissica e a cobertura vegetal é remanescente da Mata Atlântica. O Morro apresenta em torno de 132 metros de altitude e relevo forte ondulado e escarpado.

A unidade de conservação foi criada pela Lei Municipal nº 4930, de 19 de maio de 2010 e, segundo a Secretaria de Cultura do Estado do Espírito Santo, caracteriza-se como um patrimônio natural e cultural do Espírito Santo por ser “considerado o guardião da Bahia de Vitória” e estar presente na formação da história colonial da antiga Capitânia do Espírito Santo ao ser “utilizado, inclusive, como ponto de apoio na defesa da cidade de Vitória” (SECULT, 2020), servindo ainda, “de inspiração para obras literárias” (SECULT, 2020).

 Conceituação/Partido urbano-paisagístico e arquitetônico:


 - Todas as condicionantes ambientais, legais e econômicas foram levadas em conta na concepção geral dos projetos, de forma a criar projetos significativos e singulares para o parque e que, ao mesmo tempo, tivessem uma identidade visual/tipologia que conectassem todas as intervenções propostas;
 - O entorno marcadamente natural (árvores e vegetações em geral) e geográfico (relevo) foi tomado como partido para todas as concepções urbanísticas e, principalmente, arquitetônicas, sem deixar de lado a expressividade formal e estética de cada elemento construído proposto; 
 - Todos os projetos foram modulados de forma a possibilitar a sua implantação, salvo, os que possuem restrições de espaço ao seu redor. Evitou-se a criação de prédios com mais de um pavimento por conta das dificuldades de acessibilidade e custos com rampas e/ou elevadores e plataformas, além da limitação do espaço físico de implantação em alguns casos. 
- Utilizou-se como revestimento externo pedras locais, existentes no morro do Penedo de antigas pedreiras como matéria prima, dando um caráter rústico e de interação com o lugar. 
- Todos os prédios terão torres de ventilação e iluminação naturais (com pé-direito duplo) para a entrada de luz solar indireta e ventilação cruzada, para retirar internamente o calor sem a necessidade de gastos com ar-condicionado. Todas as áreas cobertas por telhados metálicos embutidos, terão buzinotes nas platibandas para a ventilação cruzada entre o telhado e a laje de cobertura e retirada do calor gerado;
 - Todos os materiais utilizados serão de baixo custo de mercado, de fácil compra e especificação, à exceção de estruturas mais complexas para os piers, flutuantes e outras estruturas por conta de sua especificidade. Além do mais, os materiais propostos têm baixa manutenção e facilidade de limpeza;
 - As soluções propostas possuem vãos médios de 5 a 7 m, diminuindo a quantidade de estruturas e racionalizando as obras; além do mais, adotou-se uma tipologia baseada em materiais e soluções formais e técnicas que além de conectar conceitualmente as propostas, racionaliza o uso dos materiais, com ênfase em materiais locais naturais;
 - A durabilidade dos prédios e intervenções é a tônica desse projeto, apoiada na baixa manutenção das edificações pelos materiais parafusados. A arquitetura proposta para cada prédio, em especial, se ajusta ao seu entorno natural e geográfico, adaptando-se ao relevo e desviando-se ou abraçando as árvores quando necessário;
- As trilhas existentes foram mantidas na sua forma original, limitando-se em poucas intervenções, principalmente quando o relevo oferece dificuldades quanto à mobilidade continuada da trilha;
- Respeitou-se a história do Morro do Penedo, principalmente quanto a antiga Casa da Pedra, realçando sua presença e dando-lhe novas funções. 

 

 Estacionamento e pórtico de entrada:


- Estacionamento existente que comporta mais de 25 veículos será redesenhado, privilegiando também vagas sombreadas por árvores (médio porte), vagas PCD e idosos.

- Integrado ao estacionamento, está previsto um grande pórtico de entrada que faça jus ao monumento do Penedo e que destaque sua entrada em meio ao conturbado porto do TVV. O desenho do pórtico remete aos dois elementos físicos-geográficos que marcam o parque: os morros do Penedo e da Urca.

 

Guarita no acesso principal do parque: 


- Criou-se um modelo padrão de guarita com 20 m² , que servisse tanto de lugar de vigia do guarda local, como área de apoio para a entrada de visitantes. A guarita é dividida da seguinte forma:
    Uma área de vigia com balcão em L para apoio do guarda e equipamentos;
    Um banheiro adaptado PCD, tanto para o guarda como para visitantes;
    Depósito para guarda de materiais;
    Uma copa com bancada com pia
- A guarita possui uma torre elevada em sua metade, fechada com laje em concreto armado impermeabilizado, com vãos arrematados com venezianas em alumínio branco que servem,  para ventilação cruzada e eliminação do calor interno, além de também servir como meio de iluminação natural indireta, melhorando a eficiência térmica e energética da edificação. Os vãos arrematados pelas venezianas ainda serão protegidos por telas mosquiteiros em alumínio para proteger da entrada de insetos e animais pela parte superior;
- A área coberta é feita em telha de aço zincado na cor branca, ventilada por buzinotes, aberturas na platibanda, entre a telha e a laje, protegidas por tela mosquiteiro em alumínio;
- Os revestimentos externos são simples, se resumindo a paredes pintadas com tinta acrílica branca em duas faces e as outras revestidas com pedra granítica local, de acabamento e assentamento rústico (impermeabilizadas na face externa). Internamente, mantém-se a simplicidade através da pintura com tinta acrílica branca e azulejo nas áreas molhadas (copa e banheiro).
OBS: Optou-se em implantar a guarita logo após pórtico de entrada para facilitar o controle de entradas e saídas de veículos e pedestres. 

 Alojamento do administrador:


- Residência com 60 m² de área interna que segue a tipologia trabalhada nas outras edificações projetadas, com revestimentos externos em pedra local e pintura branca e torre de ventilação e iluminação naturais. Ela está implantada dentro do perímetro da Unidade de Conservação, logo em sua entrada pela trilha existente, recuada da mesma. Seu desenho se baseia em uma organização funcional de uma casa comum, com a separação das áreas sociais, íntimas e de serviço, interligadas por um pequeno corredor interno, possuindo os seguintes ambientes:


    Sala de estar;
    Copa e cozinha;
    Quarto de casal;
    Quarto de solteiro;
    Banheiro PCD;
    Despensa;
    Depósito de materiais;
    Área de serviço.


 Trilha natural com aprox. 1.000 m e trilha suspensa com aprox. 200 m:


- As trilhas serão melhoradas através da construção de escadas de concreto armado com guarda-corpos e corrimãos em aço inox nos lugares com relevo mais acidentado. Não haverá pavimentação ao longo do restante da trilha, mantendo-se seu estado natural o máximo possível, com sua regularização em trechos que necessitem de melhorias sem interferir no meio ambiente. Em lugares estratégicos ao longo do percurso, serão criadas paradas para descanso e chegada dos caminhantes, como por exemplo, na base de escalada no Morro do Penedo. Ao longo da trilha, proteções em toras de madeira de 50 cm com cordas grossas de sisal serão instaladas marcando as entradas das edificações, trechos de paradas e lugares de encostas.
- As trilhas serão sinalizadas por totens padronizados em lugares específicos, para identificar edificações, lugares de parada/descanso e pontos de visada para a paisagem local;
- As trilhas não receberão iluminação pública que estarão concentradas na entrada e no entorno das edificações da Unidade de Conservação. Lixeiras padronizadas pela Prefeitura Municipal de Vila-Velha serão dispostas ao longo da trilha para coletar e separar o lixo seco e o lixo úmido.

 

 Centro de Apoio aos Visitantes:


- Prédio construído acima do Alojamento do Administrador que servirá de apoio à chegada de visitantes, turistas e escolas. Acompanha a tipologia das edificações projetadas para a Unidade, com revestimentos em pedra e torre de ventilação e iluminação naturais. O prédio possui os seguintes ambientes:


    Circulação com pequena praça de alimentação;
    Lanchonete para alimentos prontos ou assados;
    Loja de souvenires;
    Banheiros convencionais e banheiros PCD;
    Auditório para 40 lugares;
    sala administrativa;
    Deck externo para descanso.


- O prédio atenderá tanto a função de apoio de chegada dos visitantes à Unidade de Conservação como de educação ambiental. Sua geometria se ajusta ao relevo local, ao mesmo tempo que se desvia das árvores existentes no entorno;
- Sua volumetria é formada por um bloco central de pé-direito elevado com torre de ventilação e iluminação naturais, arrematada por venezianas de alumínio branco e vãos protegidos por tela mosquiteiro também em alumínio. Os outros volumes possuem cobertura embutida de telha de aço zincado e ventilação do telhado feita por buzinotes na platibanda. 

 

 Mirante natural do Morro da Urca:


- Para o acesso ao Morro da Urca, a trilha receberá melhorias e o mirante natural da Urca um guarda corpo de proteção para a subida e a vista da paisagem do entorno.

 Acesso marítimo e Casa da Pedra:


- Além do acesso terrestre, a Unidade de Conservação do Monumento Natural do Morro do Penedo também terá um acesso marítimo, pela Baia de Vitória (Figura 11), como forma de atrair também um público voltado ao turismo ligado ao mar.  Isso se dará por um conjunto de atracadouro, píer e decks implantados na prainha do Penedo, de fronte a cidade de Vitória pela Baia de Vitória, na área da antiga Casa da Pedra, existente no local. O atracadouro é constituído por um conjunto de flutuante com píer que dá acesso ao prédio à Casa da Pedra. 
- A antiga Casa da Pedra, existente na prainha do Penedo será adaptada para uma área de apoio administrativo da Unidade de Conservação e de seu acesso marítimo. Ela receberá uma nova laje que servirá também de chegada para os visitantes que vem pela trilha do acesso terrestre. A Casa contará com três ambientes: 
    Recepção;
    Sala administrativa;
    Banheiro (existente).
- Ainda como meio de dar apoio ao acesso marítimo, uma pequena edificação foi projetada ao lado da Casa da Pedra, para abrigar uma lanchonete e dois banheiros PCD. Essa pequena edificação seguirá as tipologias adotadas nos outros prédios projetados para a Unidades. 
- O acesso à Casa da Pedra pela trilha terrestre é uma das situações onde será necessária a construção de escadas que melhorem a acessibilidade do local. O terreno íngreme até a prainha do Penedo só será acessado por terra e em segurança por escadas em concreto armado, equipadas com corrimãos e guarda-corpos, de acordo com a NBR 9050:2015. 
- Os atuais porões da Casa da Pedra serão utilizados como depósitos de materiais da Unidade;
- A instabilidade das rochas por detrás da Casa da Pedra será resolvida como uma contenção da encosta em concreto armado, considerando que uma rocha já rolou pela encosta, atingindo a parede externa do banheiro a Casa da Pedra. 
- A área fronteiriça da Casa da Pedra passará por uma urbanização para adequar seu espaço para receber visitantes pelo mar, primordialmente. Parte de sua área será pavimentada com pisos drenantes e um deck em madeira será implantado para dar continuidade ao píer e ao atracadouro do acesso marítimo.
OBS: Na área de implantação do prédio há uma pequena gruta onde os pescadores locais usam para suas preces diárias, para uma figura de Jesus esculpida em madeira. Essa gruta foi incorporada ao projeto, reservando uma pequena área para as orações dos pescadores que frequentam a prainha do Penedo.
 

Parque Municipal Morro da Manteigueira

  O Parque Natural Municipal Morro da Manteigueira faz parte de uma cadeia de formações montanhosas às margens da baía de Vitória. Fazem parte deste conjunto, o Morro do Moreno, o Morro da Penha, o Morro Jaburuna, o Morro da Manteigueira e o Penedo. O Parque está localizado na Foz do Rio Aribiri e possui área de 162 hectares que abriga fragmentos da Mata Atlântica e uma variada fauna. Atualmente, conta com um centro de vivência, vias internas de acesso pavimentas, quiosque, três trilhas monitoradas e mirantes.


  Conceituação/Partido urbano-paisagístico e arquitetônico:


 - Todas as condicionantes ambientais, legais e econômicas foram levadas em conta na concepção geral dos projetos, de forma a criar projetos significativos e singulares para o parque e que, ao mesmo tempo, tivessem uma identidade visual/tipologia que conectassem todas as intervenções propostas;
 - O entorno marcadamente natural (árvores e vegetações em geral) e geográfico (relevo) foi tomado como partido para todas as concepções urbanísticas e, principalmente, arquitetônicas, sem deixar de lado a expressividade formal e estética de cada elemento construído proposto; 
 - Todos os projetos foram modulados de forma a possibilitar a sua implantação, salvo, os que possuem restrições de espaço ao seu redor. Evitou-se a criação de prédios com mais de um pavimento por conta das dificuldades de acessibilidade e custos com rampas e/ou elevadores e plataformas, além da limitação do espaço físico de implantação em alguns casos. 
- Utilizou-se como revestimento externo pedras locais, existentes no morro da Manteigueira de antigas pedreiras como matéria prima, dando um caráter rústico e de interação com o lugar. 
- Todos os prédios terão torres de ventilação e iluminação naturais (com pé-direito duplo) para a entrada de luz solar indireta e ventilação cruzada, para retirar internamente o calor sem a necessidade de gastos com ar-condicionado. Todas as áreas cobertas por telhados metálicos embutidos, terão buzinotes nas platibandas para a ventilação cruzada entre o telhado e a laje de cobertura e retirada do calor gerado;
 - Todos os materiais utilizados serão de baixo custo de mercado, de fácil compra e especificação, à exceção de estruturas mais complexas para os piers, flutuantes e outras estruturas por conta de sua especificidade. Além do mais, os materiais propostos têm baixa manutenção e facilidade de limpeza;
 - As soluções propostas possuem vãos médios de 5 a 7 m, diminuindo a quantidade de estruturas e racionalizando as obras; além do mais, adotou-se uma tipologia baseada em materiais e soluções formais e técnicas que além de conectar conceitualmente as propostas, racionaliza o uso dos materiais, com ênfase em materiais locais naturais;
 - A durabilidade dos prédios e intervenções é a tônica desse projeto, apoiada na baixa manutenção das edificações. A arquitetura proposta para cada prédio, em especial, se ajusta ao seu entorno natural e geográfico, adaptando-se ao relevo e desviando-se ou abraçando as árvores quando necessário;
- As trilhas existentes foram mantidas na sua forma original, limitando-se em poucas intervenções, principalmente quando o relevo oferece dificuldades quanto à mobilidade continuada da trilha.

 

 Pórtico de entrada e guarita: 


 Proposta de pórtico padrão, em estrutura de concreto armado, acompanha a tipologia das edificações ao ser revestido em pedra natural local. O pórtico é coroado com revestimento em placas de alumínio composto (ACM) em três cores, azul, cinza e branco, com os dizeres e informações sobre o parque em letras alumínio branco, em alto relevo (1 cm). É um pórtico duplo com cobertura em telha de alumínio, criando uma área de parada e identificação (com portão), quando for necessário para o guarda da guarita ao lado.

 

Como complemento à comunicação visual do parque, foi criado também um meio pórtico para identificação dos locais do parque, seguindo a tipologia do pórtico de entrada, mas em tamanho menor. 
Criou-se um modelo padrão de guarita com 20 m² , que servisse tanto de lugar de vigia do guarda local, como área de apoio para a entrada de visitantes. A posição tanto da guarita como do pórtico de entrada foi deslocada mais à frente da guarita original (que será demolida), organizando um pequeno estacionamento frontal. A guarita é dividida da seguinte forma:


    Uma área de vigia com balcão em L para apoio do guarda e equipamentos;
    Um banheiro adaptado PCD, tanto para o guarda como para visitantes;
    Depósito para guarda de materiais;
    Uma copa com bancada com pia

 

 Estacionamento para visitantes e reforma do Edifício administrativo: 


Optou-se em não fazer esse estacionamento no acesso principal e distribuir o número de vagas na área do prédio administrativo e no local da futura sede do Centro de Visitantes, localizado onde é hoje o viveiro da PMVV, dentro do parque. 
Há a necessidade de revisão nas estruturas de madeira com a troca de algumas peças (guarda-corpos) e de todo o telhado por outras. O prédio sofreu reformas internas, criando banheiros adaptados segundo a norma ABNT NBR 9050:2020, que antes eram estreitos e abriam para o avarandado. O acesso em rama foi melhorado e o forro e revestimentos trocados. A área externa foi reformulada para dar espaço a um novo estacionamento central do parque, de forma a acomodar veículos e ônibus (em número limitado, de acordo com o Plano de Manejo do Parque) de visitantes. 

 

 Centro de apoio aos visitantes: 


Optou-se após a visita técnica ao parque em implantar o prédio do Centro de Visitantes em área diferente do que foi definida originalmente. A área do viveiro da PMVV, localizada próxima da sede administrativa do parque, se mostrou um lugar muito mais adequado à implantação da edificação pelo relevo mais plano, facilidade de acesso e pela presença do próprio viveiro no lugar, o que complementaria uma das funções do prédio, quanto à educação ambiental. Desse modo, foi possível projetar um prédio térreo, não necessitando de um segundo pavimento, conforme pede o Termo de Referência, acessível e integrado ao verde do parque. O prédio se adapta ao entorno natural, implantado em uma clareira existente no viveiro, no lugar de uma estrutura precária do local.

Ao mesmo tempo, as formas desenhadas se desviam das árvores como em outros momentos, as abraça também. O prédio é composto pelos seguintes ambientes:


    Entrada coberta com marquise;
    Circulação interna;
    Banheiros comuns e banheiros PCD;
    Loja de souveniers;
    Lanchonete com pequena praça de alimentação;
    Sala administrativa;
    Auditório para 50 lugares;
    Play-ground externo.
 

Mirante Natural da pedra do Urubu:


A pedra terá seu acesso melhorado, bem como em todas as trilhas marcadas no TR desse projeto, além de receber estrutura de apoio com pergolado e bancos no topo da pedra para servir de mirante, como foi visto durante a visita técnica para a valorização da panorâmica do lugar. O perímetro de observação da pedra será protegido com guarda corpos em aço inox. 


 Deck e Pier de atracação– prainha do manguezal:


Durante a vista foi constada a necessidade também de um deck sobre as pedras, anexo ao pier de atracação, pois com as melhorias das trilhas é possível se chegar à prainha do manguezal para aulas de educação ambiental e visitação à área do manguezal. O acesso ao local será pela trilha que receberá melhorias como escadas para se vencer os desníveis. O píer possui um deck de chegada para visitação ao manguezal e apoio para a guarda local que se utilizará do píer e seu atracadouro para a fiscalização do entorno pelo rio Aribiri.

 

 Trilhas naturais:


As trilhas serão melhoradas através da construção de escadas onde for necessário e manutenção e limpeza do piso natural ao longo de seu percurso, para que se mantenha uma regularidade do caminhar sem interferir no meio ambiente. Marcações e toras de madeira e cordas de marinheiros indicarão o percurso e lugares específicos da trilha, junto com os totens, além da implantação de lixeiras padronizadas pela PMVV. 

 Pista de caminhada:


Uma pista de caminhada que se iniciará na entrada do parque fará um percurso de pouco mais de 800 m pelo limite do parque com os bairros vizinhos, terminado próximo ao rio Aribiri. Ela é parte do circuito de caminhadas e melhorias de trilhas do parque em geral, a serem projetadas durante a execução dos projetos técnicos, mas diferente das trilhas naturais, essa será pavimentada para facilitar a caminhada como exercício físico.



 

Área de Proteção da Lagoa Grande e entorno da Igreja de Nossa Senhora dos Navegantes
Lagoa Grande

A Área de Proteção Ambiental (APA) da Lagoa Grande, da cidade de Vila-Velha, engloba os bairros de Morada do Sol, Interlagos, Morro da Lagoa, Balneário Ponta da Fruta, Ponta da Fruta e Nova Ponta da Fruta, totalizando uma área de 2.611 ha. A APA tem como destaque a “Lagoa Grande”, no bairro Ponta da Fruta; possuindo um grande espelho d’água de 16,6 ha, com nível médio de profundidade de 3,20m.. 

A Lagoa possui uma histórica ocupação irregular de suas margens através de loteamentos que não atendem as legislações ambientais e nem o plano de manejo da APA da Lagoa. Essa ocupação irregular de lotes, além de afetar diretamente o bioma da lagoa e de suas margens, está no caminho das cotas de inundação naturais da lagoa em um período de até 100 anos, tornando-se um problema urbano e social futuro.

A cota de inundação, conforme estudo representado na figura acima, pode chegar aos 3,71 m em 100 anos, aumentando o volume (médio) da lagoa de 324.250 m³ para 457.200 m³, no mesmo período. Um dos problemas desse projeto de reurbanização da Lagoa Grande é exatamente frear essa ocupação irregular, através de estruturas que impeçam o avanço das edificações ou dos lotes sobre às margens da Lagoa. 


Inclui-se ainda nesse projeto, a intervenção do entorno da Igreja de Nossa Senhora dos Navegantes, a pedido da comunidade local, sendo que a mesma, faz parte da APA da Lagoa Grande. Essa pequena igreja foi construída em 1945 pela comunidade local em promontório que avança sobre o mar das praias da região de Ponta da Fruta, com visão panorâmica e privilegiada de todo o entorno. O projeto dessa parte focará na urbanização do entorno da igrejinha, nos acessos e contenções de sua encosta. 

 Conceituação/Partido urbano-paisagístico e arquitetônico:


- Todas as condicionantes ambientais, legais e econômicas foram levadas em conta na concepção geral dos projetos, de forma a criar projetos significativos e singulares para cada parque e que, ao mesmo tempo, tivessem uma identidade visual/tipologia que conectassem todas as intervenções propostas;
- O entorno natural (árvores e vegetações em geral) marcadamente modificado pela ocupação  urbana foi tomado como partido para todas as concepções urbanísticas e, principalmente, arquitetônicas, sem deixar de lado a expressividade formal e estética de cada elemento construído proposto; 
- Todos os projetos foram modulados de forma a possibilitar a sua implantação, salvo, os que possuem restrições de espaço ao seu redor. Evitou-se a criação de prédios com mais de um pavimento por conta das dificuldades de acessibilidade e custos com rampas e/ou elevadores e plataformas, além da limitação do espaço físico de implantação em alguns casos. Utilizou-se como revestimento externo pedras locais, dando um caráter rústico e de interação com o lugar. Todos os prédios terão torres de ventilação e iluminação naturais (com pé-direito duplo) para a entrada de luz solar indireta e ventilação cruzada, para retirada interna do calor sem a necessidade de gastos excessivos com ar-condicionado;
- Todos os materiais utilizados serão de baixo custo de mercado, de fácil compra e especificação, à exceção de estruturas mais complexas para os piers, flutuantes e outras estruturas por conta de sua especificidade. Além do mais, os materiais propostos têm baixa manutenção e facilidade de limpeza;
- As soluções propostas possuem vãos médios de 5 a 6 m, diminuindo a quantidade de estruturas e racionalizando as obras; além do mais, adotou-se uma tipologia baseada em materiais e soluções formais e técnicas que além de conectar conceitualmente as propostas, racionaliza o uso dos materiais, com ênfase em materiais locais naturais;
- A durabilidade dos prédios e intervenções é a tônica desse projeto, apoiada na baixa manutenção das edificações pelos materiais empregados. A torre de ventilação e iluminação naturais eliminarão o uso excessivo de ar-condicionado nas edificações (incluindo-se aí, as vegetações de médio e grande porte dos entornos como elementos sombreadores) e diminuirão (especificamente as torres) o uso de luz artificial no interior das edificações. A arquitetura proposta para cada prédio, em especial, se ajusta ao seu entorno natural e geográfico, adaptando-se ao relevo quando necessário e desviando-se ou abraçando as árvores quando necessário;
- E, a valorização da paisagem do entorno da Lagoa Grande e da igrejinha de Nossa Senhora dos Navegantes através de intervenções pontuais que levem o visitante a contemplar as belezas naturais de cada lugar.

 

Pórtico padrão de entrada: 


- Proposta de pórtico, em estrutura de concreto armado com vão de 2.3 x 5 m, acompanha a tipologia das edificações ao ser revestido em pedra natural local, implantado na entrada da APA (01 na entrada e outro na saída), localizado na av. Espírito Santo. O pórtico é coroado com revestimento em placas de alumínio composto (ACM) em três cores, azul, cinza e branco, com os dizeres e informações sobre o parque em letras alumínio branco, em alto relevo (1 cm). Para esse caso, será um pórtico simples.


Como complemento à comunicação visual do parque, foi criado também um meio pórtico para identificação dos locais da Lagoa e da igrejinha, seguindo a tipologia do pórtico de entrada, mas em tamanho menor. 

 

 Via de pedestres e áreas de permanência: 


- O projeto desenvolve uma via que circunda grande parte do perímetro da lagoa, tendo como referência os limites legais da área da APA Lagoa Grande. Por conta de quase toda a extensão estar sobre a água, optou-se em fazer a via em deck de madeira suspenso, para diminuir o impacto sobre a lagoa. Para desenvolvimento do projeto, as intervenções foram divididas em trechos . Áreas de paradas e contemplação foram implantadas ao longo do percurso para enfatizar as belezas naturais do lugar .  

Centro de Apoio aos Visitantes:


- O prédio foi implantado em uma pequena península existente na lagoa, e tem sua arquitetura integrada ao meio natural existente se adaptando e abraçando as árvores locais. Seu entorno foi todo urbanizado criando-se vagas de estacionamento de veículos e bicicletas para visitantes, playground, deck e píer com atracadouro na lagoa. Ele possui os seguintes ambientes:


    Salão de chegada e de atividades (será usado também como auditório quando necessário);
    Banheiros convencionais e PCD;
    Depósito para equipamentos náuticos;
    Loja e lanchonete; 
    E administração. 


A torre central, elevada do conjunto, tem fechamento em venezianas de alumínio para a ventilação e iluminação naturais, permitindo a redução dos gastos com energia elétrica com iluminação e ar-condicionado. 
 

Requalificação do entorno da Igreja de Nossa Senhora dos Navegantes

Decks-Mirantes: 


- No entorno da Igreja de Nossa Senhora dos Navegantes  foram implantados uma série de decks-mirantes, aproveitando-se os atrativos e belezas cênicas de cada lugar. No topo do morro da igreja, na faixa onde se encontra o cruzeiro, foi instalado um mirante de visualização (Mirante da Igreja) para o mar e entorno da Ponta da Fruta. Acompanhando o relevo, ele possui ainda um deck de parada ao lado da igreja com bicicletários para os grupos que sobem o morro com suas bicicletas, contornando a antiga igrejinha para uma vista de 180 graus do seu entorno.


O acesso à igrejinha será melhorado com passeios laterais e a pedido da comunidade, portões serão implantados para controlar o acesso ao local. Um pórtico que marque a entrada está em desenvolvimento para marcar o acesso a esse lugar sagrado. 

 

Além desse mirante, na subida da rua Nossa Senhora dos navegantes, uma ruína nas rochas perto do mar será a base de um novo Mirante da Pesca, lugar já utilizado para isso, conforme visto em visita técnica. Esses decks terão estruturas de concreto e madeira, e guarda corpos e corrimãos em aço inox. São lugares escolhidos pela comunidade como forma de valorização do lugar.

Urbanização das vias:


- As vias do entorno da igreja, que se resumem à rua Nossa Senhora dos Navegantes e duas travessas, foram urbanizadas com o alinhamento de seus meios-fios e a criação de uma pequena praça na rotatória abaixo da Igreja, que virou área de conexão entre os passeios do local, através de faixas elevadas. Também pequena, ela contará com espaço de estar e um play-ground. Toda a encosta da Igreja que hoje possui vários cortes no terreno, será taludada e revestida com grama onde for necessário, mantendo-se ao máximo a vegetação natural e nativa (Obs.: por meio de uma ação da comunidade local, a vegetação do entono da igrejinha foi limpa, tirando-se boa parte das vegetações invasoras, o que também liberou espaço para a ampliação do deck da igrejinha). 
 

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